sábado, 26 de julho de 2008

***Tom Cruise***



Entrevista com RBD (CAPRICHO 16/11/2007 15:35)

Era a segunda entrevista deles no dia, uma sexta-feira longa, com um compromisso grudado no outro. "Aproveita que a gente está descansado!", disse um Christian com o cabelo bem rosa, paletó, calça de alfaiataria e tênis. Lá no quarto, entre seguranças, assessores e sei lá mais quem, todos de crachá claro, e todos zanzando de um lado pro outro, nem dava para ouvir o barulho das fãs que há 2 dias acampavam na porta do hotel. Com essa histeria em volta o tempo todo, eles bem podiam ter virado uma galera meio metida. Mas não são. Aliás, se não fossem o RBD, estariam por aí, curtindo as mesmas baladas que a gente. Podiam ser nossos amigos até.

Como são o RBD, é difícil, quase impossível, chegar perto deles. E, quando isso acontece, não rola um papo descontraído logo de cara. Um pouco por causa de uma timidez que bate em todos nós quando conversamos com alguém pela primeira vez, sabe? Mas um pouco também porque agora, depois do sucesso absurdo, eles estão treinados para falar bem, evitar polêmicas e revelar o mínimo possível. Hoje, os 6 artistas sabem de cor as regras do jogo da fama: serão cobrados por cada palavra que disserem e, portanto, dizem pouco mesmo.

A CAPRICHO passou um dia inteiro com Alfonso, Christian, Christopher, Dulce María, Anahí e Maite. Em um dia inteiro, por mais quietos ou bem orientados que sejam, deu para ver o grupo em situações que não aparecem nas revistas. A gente encontrou com eles em Santiago, no Chile, onde ficaram por 4 dias, em agosto, atendendo à imprensa. Os 6 foram carinhosos, arriscaram um "oi" em português e, com looks cheios de estilo, mostraram que fora do seriado investem nas produções individuais. Todos exibiam um monte de pulseiras. Um monte mesmo, o que já virou quase uma marca do grupo. Aquela sexta-feira terminou com uma apresentação deles no programa Mekano, da tevê Mega, um dos mais populares de lá. A seguir, minha conversa com o RBD.

CAPRICHO: Qual a pergunta que vocês não agüentam mais responder, aquela que todo mundo sempre faz?
Christian: Ah... O que mudou com a fama?
Bem... e o que mudou com a fama?
Anahí: [risos] Sinto falta de andar na rua, tranqüila. Antes, lembro que quando queria ir a um show, enfrentava fila para comprar ingresso, como todo mundo. Agora, as pessoas pedem a nossa presença. É estranho porque continuamos os mesmos e, ao mesmo tempo, tudo mudou em volta. Christopher: Ficamos longe da família. Nossa família agora é o RBD. Vale a pena porque nossa vida é estar no palco e gravar o seriado.
Existe ainda alguma pergunta que nunca ouviram e que vocês têm vontade de responder? Poncho: Quem são nossos atores favoritos.
E quem são?
Christian: Jim Carrey.
Anahí: Robert de Niro e Sissy Spacey.
Poncho: Al Pacino, Edward Norton e Kate Blanchet.
Dulce María: Brad Pitt e Jennifer Aniston.
Maite: Monica Bellucci e Johnny Depp.
Christopher: Meryl Streep e Al Pacino.
Vocês conseguem ir ao cinema?
Christopher: É mais fácil assistir aos filmes em casa, no DVD. Todos tivemos férias agora e aproveitamos para colocar os filmes em dia.
Anahí: Sinto muita falta de ir ao cinema... O último filme que vi no cinema foi Procurando Nemo! (risos).
Com este sucesso todo, vocês já tiveram a oportunidade de encontrar alguma celebridade que sempre sonharam em ver ao vivo?
Anahí: O Christian viu Ricky Martin outro dia! E ele o reconheceu e ainda elogiou o grupo! Christian: É verdade. Ele me disse que gosta muito da banda.
Poncho: O Oso, da nossa produção, viu a Madonna.
Anahí: Não acredito! Oso, você viu a Madonna??? [Oso balança a cabeça dizendo que sim] Poncho: Viu? Ele estava no lobby do nosso hotel, em Los Angeles, e de repente a Madonna passou.
Maite: Como assim?!!! E a gente não viu...
Poncho: Eu queria conhecer o Bono, do U2. Admiro o cara em todos os aspectos.
Vocês têm perfis no Orkut ou no MySpace?
Poncho: Não, mas sabemos que existem páginas falsas nossas. Aliás, esta é uma boa chance para a gente dizer aos nossos fãs: tudo o que encontrarem sobre a gente nesses sites não é verdade, não somos nós.
Maite: É muito fácil tudo acabar em fofoca, você se expõe ali, coloca fotos com a família, amigos, irmãos. Então, a gente evita.
Christian: Temos só os nossos clones. [risos]
O que vocês fazem com os presentes de fãs que ganham? (O quarto do hotel tinha um monte de bichinhos de pelúcia espalhados.)
Christopher: A gente leva com a gente. Guardamos todos.
O que vocês acharam de São Paulo? (O RBD esteve aqui em fevereiro, para promover o disco.) Christopher: Ficamos encantados com as pessoas, a moda, a comida.
Dulce María: Fomos a uma praia muito linda no Guarujá.
Poncho: Nossa.... Amei pão de queijo...
Anahí: É mesmo! Comemos muito bem... Eu me lembro das caipirinhas...
Dulce María: Do guaraná!
Poncho: E a Dulce adora o funk carioca! É uma funkeira!
Como a tragédia que aconteceu no Brasil, com a morte de 3 pessoas, afetou o grupo?
Poncho: Não tem como a gente superar isso. Estávamos no mais alto grau de euforia e, de repente, descemos pro negativo. Ficamos em choque. Sentimos muita culpa. Acho que as pessoas que organizaram o evento não imaginavam a quantidade de gente que queria nos ver. Mas isso serviu para aprendermos a priorizar a segurança acima de tudo. Aglomeração nunca mais.

Entrevista com Anahí (CAPRICHO 19/02/2008 15:46)

Anahí está louca para voltar ao Brasil

Em entrevista exclusiva para CAPRICHO, a integrante do RBD apresenta seu projeto para ajudar garotas com distúrbios alimentares, problema que enfrentou aos 19 anos, e revela a vontade de voltar ao Brasil em 2008.

Toc, toc, toc. Só conseguia ouvir o barulho do salto alto pelo telefone. Falar no celular de Anahí Portillo, lá no México, parecia uma missão impossível. A ligação caía a todo momento. Finalmente, tentativas depois, conseguia fazer a minha primeira pergunta para ela: “Cómo estás?”. Foi o suficiente para Any, treinada em dar entrevistas, desembestar a falar sobre tudo, como se quisesse me poupar do trabalho de perguntar qualquer coisa.

Anahí disse que estava feliz com seu projeto para auxiliar garotas que enfrentam distúrbios alimentares e que queria voltar ao Brasil, até que ouvi, ao fundo, Dulce María pedir alguma coisa para ela, e a ligação caiu mais uma vez. Meia hora depois e voltamos a nos falar, dessa vez ela estava nos intervalos da gravação de um programa de TV. Aí, ela me explicou cada um dos seus projetos para 2008 e dividiu comigo a vontade que já teve de ser apenas mais uma garota anônima no mundo.

É verdade que vai rolar um filme do RBD ainda em 2008?
Planejamos, sim, fazer o filme, mas não há nada 100% concreto, nem mesmo datas definidas para as filmagens. Pedro Damián (o produtor do RBD) está ainda à procura dos melhores roteiristas e estudando como coordenar esse projeto.

Você comentou comigo sobre uma volta ao Brasil. Será com a nova turnê, Empezar desde Cero? Começamos essa turnê no final de janeiro. O show é totalmente diferente do que vocês viram no ano passado. Passaremos pelos EUA, México, Espanha e outros países da Europa, como Romênia e Sérvia. Esperamos que o Brasil seja incluído nessa lista, pois temos um carinho muito grande por todos aí.

E esse projeto de combate aos distúrbios alimentares?
Eu quero ajudar as pessoas que estão passando por algo que já passei. Se eu como atriz posso fazer algo, vou fazer. Isso é o mais importante para mim depois do RBD. Será uma campanha multimídia – com propaganda na TV, site e em outros meios – que deve começar depois da primeira etapa da turnê do RBD, provavelmente em março.

Você é famosa desde pequena. Já quis ter uma vida comum?
Essa é a única vida que eu conheço, mas acho que todos nós do RBD já tivemos vontade de passarmos despercebidos. Acho que todo mundo tem dias que não quer sair de casa e quer ficar o dia inteiro na cama, vendo TV. E, quando isso acontece, qualquer ser humano gostaria de se esconder, ainda que o seu trabalho seja público.

Recentemente, lançaram no México uma biografia, La Revolución Rebelde, sobre o RBD. Só há mentiras no livro?
Tudo que posso dizer sobre esse livro, e agora digo pessoalmente, e não falando pelo RBD, é que as pessoas que aparecem lá dizendo que me conhecem são pessoas que não faço a mínima idéia de quem sejam. As únicas verdades são o meu nome, o nome dos meus pais, que meu pai não está bem de saúde e o nome da minha irmã. Eu não sou o que dizem naquele livro. É impossível uma pessoa escrever sobre quem não conhece.

Qual foi a pior fofoca que já fizeram a seu respeito?
Sabe que, de verdade, não me lembro do que era, mas me lembro da situação. Estava em um avião, li uma coisa e comecei a ficar indignada, repetindo que tudo aquilo era mentira. Eu acho terrível que se vendam coisas com mentiras.

O que você gosta de fazer para se divertir durante as turnês?
Às vezes, saímos, todos do grupo, para dançar. Ou fico com Maite no quarto, pedimos um sorvete e vemos TV. Também gosto de ficar sozinha e ler. Se tiver banheira, adoro ficar na banheira. Gosto de coisas normais, que as pessoas fazem em suas casas e que a gente faz nos hotéis, em países diferentes.

Tem algum segredo de beleza?
Procuro me cuidar, como muita fruta e vegetais. Mas não tenho nenhuma restrição alimentar. Adoro carne, eu não poderia ser vegetariana. Viveria de picanha todos os dias (risos)!!

Você acha que fará uma carreira solo, sem o RBD?
Não sei, a vida é tão cheia de surpresas e mudanças que nunca se sabe o que vai acontecer. Hoje posso estar aqui e amanhã pode ser tudo completamente diferente. Por isso aprendi a respeitar o tempo e a viver mais o que está se passando no presente.

Dificilmente o RBD fala sobre a vida pessoal. É para evitar fofocas?
O que acontece é que, muitas vezes, os limites da curiosidade se rompem. Já roubaram uma foto minha que eu havia mandado para um amigo na internet. Eu acho que isso não é bom para mim. Tem coisas que são só minhas. Se você começa a contar tudo para todos, não consegue mais estabelecer esse limite.